Gestão de Conflitos em sala de aula

Indisciplina em sala de aulaSurgiram notícias recentes acerca do aumento da indisciplina na sala de aula. As queixas, provenientes maioritariamente dos professores do ensino básico, são as que mais se fazem ouvir, existindo situações em que o seu tempo lectivo se reduz para metade, por causa do aumento dos problemas associados à indisciplina do alunos.

Esta realidade é confirmada com um estudo recente, a nível nacional, que para além do mais, vem relembrar a falta de formação que existe em relação aos professores nesta e noutras matérias similares.

O estudo, com a duração de dois meses, abrangeu 1500 docentes do 1.º ao 9.º e foi elaborado pela Universidade do Minho (UM). Os resultados preliminares apontam para a conclusão de que a indisciplina aumentou nos últimos cinco anos. A indisciplina manifesta-se através da utilização de "gadgets" na sala de aula, falar com os colegas do lado, sair do lugar e comer dentro da sala, ou ter uma atitude passiva e estar desatento.

Estas manifestações de indisciplina obrigam a interrupções (para um em cada quatro docentes: 23%), perde-se 10% do tempo com problemas de indisciplina; e para muitos professores estas interrupções afetam 20 a 30% da aula e 6% fica com menos de metade do tempo para dar matéria. A responsabilidade deste problema, para os docentes, é apontada aos pais (39%), às políticas educativas governamentais (37%) e aos alunos (34%). 

A esta questão vem somar-se uma polémica recente acerca das restrições previstas para a rede de internet escolar, em relação ao acesso a alguns sites, nomeadamente ás redes sociais. Há formadores e professores que concordam com estes bloqueios pois, segundo estes, esta é uma das principais causa da falta de atenção e indisciplina dos alunos. Para outros estes barramentos tem implicações negativas nos processos pedagógicos e limitam a criatividade dos mesmos, desmotivando os alunos e criando um "gap" entre a realidade na qual estes convivem e o mundo escolar.