A Motivação da Formação

Em qualquer âmbito profissional, é fácil ver como há pessoas que sobressaem pela sua perseverança e dedicação ao trabalho, e isso faz com que superem outros colegas que possuem uma capacidade intelectual bastante mais elevada. Porquê? Porque é que uns conseguem manter esse esforço durante anos e outros não, ainda que o desejem?

Quase todas as pessoas desejariam chegar a uma situação profissional mais elevada, e a maioria delas tem talento pessoal que sobra para o conseguir. Porque é que uns conseguem transformar esse desejo numa motivação diária que os faz vencer a inércia da vida, e outros, pelo contrário, não?

Parece claro que estamos a falar de algo que não é questão de coeficiente intelectual.

É fácil verificar que as pessoas mais esforçadas e motivadas possuem um tipo de inteligência que as posiciona numa situação mais facilitada.

A inteligência emocional é hoje em dia uma das características mais apreciadas num profissional e claramente que em sala de formação ela também adquire especial importância.

É esperado que o formador seja emocionalmente estável, que seja neutro e mediador mas deve ser essencialmente um motivador.

Como assinalou Rojas, “a partir da indiferença não se pode cultivar a vontade. Para se ser capaz de superar as dificuldades e os cansaços próprios da vida, é preciso ver cada meta como algo de grande e positivo que podemos e devemos conseguir. Por isso, nas pessoas motivadas sempre há “alguma coisa” que lhes permite obter satisfação onde os outros não a encontram; ou alguma coisa que lhes permite adiar essa satisfação (a maioria das vezes a motivação implica um adiamento, pois supõe sacrificar-se agora com o fim de conseguir mais tarde algo que consideramos mais valioso).”

Parece claro que nas pessoas motivadas há toda uma série de fatores emocionais que reforçam o seu entusiasmo e a sua persistência perante as adversidades. Fazendo que cada uma chegue mais longe, com maior foco e com maior eficácia.

Muitos formandos procuram a formação em busca de uma renovada oportunidade profissional, procurando também a motivação na dose certa para prosseguirem o seu caminho. Cabe ao formador encontrar as estratégias adequadas para que esse estímulo aconteça.

O trabalho do auto estima e da confiança são um desenvolvimento de competências crucial no processo formativo, acreditar que se pode aliar aos conhecimentos, as competências, as atitudes e o desenvolvimento do potencial humano fazem da sala de formação um ambiente de aprendizagem a vários níveis.

Queremos que a formação seja potenciadora de oportunidades, que desenvolva capacidades e competências e desafie cada um a chegar o mais alto que a sua vontade permitir.

Sandra Maria M. Pelica e Cautela Mateus