Otimismo é fundamental

A Educação de crianças e jovens tem sofrido progressos e mudanças constantes ao longo de séculos, de acordo com as inúmeras alterações, especialmente socioculturais, que as provocam. 

Desse modo, as convulsões mundiais e as mentalidades vigentes indicam o caminho que, não raramente, é o errado. 

No entanto, especialistas em Educação, Professores e Encarregados de Educação continuam a tentar fazer o melhor possível, independentemente de quem os tutela. De facto, o trabalho no terreno ultrapassa em muito qualquer teoria votada num papel. E se o facilitismo dos nossos tempos permite mais ferramentas e maior proximidade (aparente?), por outro lado nunca o fosso geracional foi tão profundo. A correria do quotidiano não dá muito tempo livre aos adultos, rouba a infância aos pequenitos (demasiada carga horária de funções) mas, em contrapartida, dá demasiado tempo livre aos jovens.

Neste desequilíbrio permanente, demasiadas vezes são os avós, as amas e os professores quem estão lá quando é preciso; criam-se laços e afectos, portos seguros para as mudanças de idade mais conturbadas do ser humano, dão-se e recebem-se afectos que podem alterar o futuro do jovem a caminho do Futuro, do seu Futuro.

É neste ponto que o estudo acompanhado e o explorar das vocações e aptidões de cada criança e jovem, podem fazer toda a diferença, preferencialmente se forem acompanhados numa recta desde crianças a jovens. Já ninguém acredita em a road to nowhere, porque de facto, na actualidade, não faltam estradas/caminhos para explorar, ferramentas e investimento na riqueza intelectual do indivíduo. O momento de escolher é que pode mudar tudo e, para tal, acções coordenadas entre Encarregados de Educação e Professores farão a diferença...

Incutir auto-confiança na criança ou jovem é tarefa árdua na puberdade como enquanto pré-adulto, e toda a ajuda será bem-vinda. Os Professores jamais substituirão os Encarregados de Educação, mas poderão e deverão orientá-los quanto ao filho/neto que pretendem ajudar a fazer escolhas o menos incorrectas possível.

Nessa perspectiva, uma Educação alicerçada no optimismo relativamente a obstáculos e metas, poderá ser a solução não apenas do momento, mas talvez das politicas educacionais a adoptar já hoje e no futuro próximo. Orientar gente pequena e menos grande para o optimismo dos dias e das horas, do investir em trabalho e em compromissos, sempre de mãos dadas com os Encarregados de Educação, mas de olhos postos no quadro da sala de aula.