Sucesso nos exames escolares: métodos e estratégias

O jornal o Público divulgou uma reportagem sobre o sucesso nos exames nacionais do ensino oficial e tentou analisar as principais causas para que algumas escolas se destaquem nesta matéria. O jornal dá o mote começando por referir que o ensino privado está bem representado no topo dos rankings dos exames nacionais. Para tentar analisar as causas por detrás desta tendência a repórter ouviu alguns desses colégios que se destacaram no ano passado.

Algumas das estratégias testadas com sucesso foram:

  • Alguns reduziram o tamanho das turmas.
     
  • Outros aumentaram o número de horas de aulas a Português e Matemática e andam a treinar o exame desde Dezembro.
     
  • Para o Colégio Sá de Miranda, em Lisboa: “Sabemos que crianças mais felizes aprendem mais”, e é movido por esse princípio que nesta escola o corpo docente põe em prática um projeto inovador. Assim: no ano passado, quando se apresentaram na escola pública para fazer exames, “enquanto os outros alunos estavam nervosos, e a tensão era evidente, os do colégio estavam em fila, à espera, a cantar baixinho e a fazer exercícios de concentração, tranquilos”.
     
  • No Colégio D. Diogo de Sousa, em Braga, “Desde o pré-escolar incutimos nos alunos responsabilidade e gosto por aprender.” Além disso, há a peparação especificamente para os exames: no início de cada ano lectivo, os pais dos alunos recebem o calendário escolar onde estão assinalados os dias em que se farão uma espécie de exames nacionais na escola — simulação de exames reais. “Os nossos momentos de avaliação são muito formais. Todas as turmas fazem os exames ao mesmo tempo, as regras são as mesmas...” E assim os alunos vão-se habituando ao rigor de uma prova nacional. Quando chega o dia da prova a sério estão mais calmos.
     
  • No Colégio Euro-Atlântico, em S. Mamede de Infesta, escola que obteve o primeiro lugar do ranking dos exames do 6.º ano, as férias da Páscoa foram este ano mais curtas. Uma das semanas foi ocupada pelos alunos a estudar e preparar os exames, na escola, todos os dias. 
     
  • Em Lisboa, no Colégio Paula Frassinetti, a directora, Ana Paula Fernandes, diz que são duas, essencialmente, as razões para ter bons resultados: as turmas do colégio são pequenas (entre 12 e 20 alunos) e “o corpo docente é estável e é seleccionado de forma muito rigorosa”, por ela própria, que há 27 anos está à frente do projecto. O Colégio Paula Frassinetti teve, no ano passado, a segunda melhor média do país nas provas do 4.º ano. Para além disso nesta escola, é logo a partir do 5.º ano que as crianças passam a ter oito horas semanais de Português e outras tantas de Matemática em vez das regulamentares seis. “É importante ter tempo para consolidar as aprendizagens”, diz Ana Saraiva, directora.