Um CNE em grande atividade...

Conselho Nacional de EducaçãoO Conselho Nacional de Educação, na semana passada, recomendou ao Governo que a oferta formativa para adultos se adapte às necessidades dos formandos, das empresas e das regiões e defendeu o «envolvimento urgente das instituições do ensino superior» neste processo.

Esta informação divulgada pelo jornal O Público resulta de uma recomendação sobre políticas públicas de educação e formação de adultos, enviada ao gabinete do ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato. O referido orgão defendeu que «devem ser adotadas medidas tendentes a promover e certificar uma nova oferta de formação emergente, com uma tipologia específica, desenhada à medida das necessidades dos adultos e/ou das empresas».

As recomendações do CNE vão mais longe e sugerem que os centros de formação para adultos deverão adaptar a sua oferta às necessidades dos formandos e não o contrário. Esta articulação deverá ainda ter em conta as necessidades do País, região a região e coadunar a oferta formativa com as oportunidades de emprego.

Além destas recomendações, o CNE referiu também a urgência em reforçar os cursos universitários em regime noturno que têm vindo a reduzir de número.

Mais, no mês passado o mesmo orgão consultivo através da sua presidente, Ana Maria Bettencourt, apresentou as conclusões do relatório «Estado da Educação 2012» na sequência do qual afirmou que caso Portugal reduza o investimento público na Educação abaixo dos 4% do Produto Interno Bruto (PIB), seria o mesmo que “colocar Portugal ao nível da Indonésia”.

O Conselho Nacional de Educação é um órgão independente, com funções consultivas, cuja presidente foi eleita pela Assembleia da República. Emite opiniões, pareceres e recomendações sobre todas as questões educativas, por iniciativa própria ou em resposta a solicitações que lhe sejam apresentadas pela Assembleia da República e pelo Governo.