Trabalhadores sem “canudo” ganham mais

Esta é uma expressão que ouvimos frequentemente. E se por uma lado não posso deixar de concordar, acho que em vez de passarmos o tempo todo a queixar-nos do que está mal, importa reflectir um pouco sobre o caminho que percorremos até chegar aqui. Recordo-me também das antigas escolas comerciais e industriais, e lembro-me que nem sequer existia o 12º ano. Então o que acrescentámos ao longo deste tempo?

Mais escolaridade, mais certificações, mais alunos... E a relação entre a educação e a realidade económica ficou mais próxima, ou mais distante?

Penso que é aqui que está o problema. Nesse tempo existia uma forte vocação do ensino em relação às saídas profissionais, com menos "nomes pomposos" talvez. Com menos diversidade nas designações dos cursos, também. Mas muito do que se aprendia, andava próximo das necessidades das empresas e organizações económicas.

Não querendo dizer mal de tudo o que se faz, é necessário dar um passo atrás para dar dois à frente. A formação fora do âmbito escolar tem que ser valorizada, pelo que ela tem de melhor:

- Adapta-se mais rapidamente, do ponto de vista curricular, às necessidades do mercado profissional.
- Tem custos menores. Estes custos de uma forma geral estão bem distribuídos entre o esforço financeiro pessoal e o esforço do estado.
- Têm durações mais curtas e os conteúdos pedagógicos estão mais focados no "saber fazer".
- Contribuem de forma significativa para recuperar os números do emprego, quer no diz respeito aos formadores a tempo inteiro, quer como complemento para outros trabalhadores.

Isto é o que eu penso...

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